domingo, 31 de maio de 2009

Obras sociais de igrejas evangélicas - 04

Na reportagem que encerra a série "Obras sociais de igrejas evangélicas", Flávio Fachel e William Torgano mostram a atuação dos luteranos no Rio Grande do Sul com descendentes de europeus, de negros, escravos e de índios guaranis.
  • A atuação dos luteranos no Rio Grande do Sul
link: http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1045574-7823-OS+EVANGELICOS+A+ATUACAO+DOS+LUTERANOS+NO+RIO+GRANDE+DO+SUL,00.html



Fonte: http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL1176408-10406,00-A+ATUACAO+DOS+LUTERANOS+NO+RIO+GRANDE+DO+SUL.html

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Obras sociais de igrejas evangélicas - 03

Vamos a terceira reportagem sobre Obras sociais de igrejas evangélicas.
  • Batistas e adventistas ajudam crianças pobres

link: http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1044423-7823-EVANGELICOS+O+TRABALHO+SOCIAL+DE+BATISTAS+E+ADVENTISTAS+COM+CRIANCAS,00.html



Fonte: http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL1171999-10406,00-O+TRABALHO+SOCIAL+DE+BATISTAS+E+ADVENTISTAS+COM+CRIANCAS.html

Obras sociais de igrejas evangélicas - 02

Continuando a série de reportagens sobre o trabalho social de igrejas evangélicas que atuam no Brasil, que o Jornal Nacional está apresentando.

  • SP: metodistas salvam almas nos subterrâneos

link: http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1043340-7823-OS+EVANGELICOS+O+TRABALHO+DOS+METODISTAS+COM+MORADORES+DE+RUA+DE+SAO+PAULO,00.html


Fonte: http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL1170403-10406,00-SP+METODISTAS+SALVAM+ALMAS+NOS+SUBTERRANEOS.html

Obras sociais de igrejas evangélicas - 01

O jornal Nacional da Rede Globo esta realizando uma série de reportagem de obras sociais de algumas das dezenas de igrejas evangélicas presentes no Brasil.
  • A Igreja Presbiteriana na Missão Kaiwá.
Confira o vídeo abaixo ou clique no link: http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1042306-7823-MISSIONARIOS+ESCREVEM+BIBLIA+EM+IDIOMA+INDIGENA+EM+MS,00.html



fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1168739-5598,00-MISSIONARIOS+TRADUZEM+BIBLIA+PARA+LINGUA+INDIGENA+EM+MS.html

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Eu tenho um sonho

Discurso de Martin Luther King (28/08/1963)

"Eu estou contente em unir-me com vocês no dia que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação.
Cem anos atrás, um grande americano, na qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham murchados nas chamas da injustiça. Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros.
Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre.
Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação e as cadeias de discriminação.
Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e se encontram exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição.
De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que todos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes".
Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça.
Nós também viemos para recordar à América dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranqüilizante do gradualismo.
Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas de democracia.
Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça racial.
Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus.
Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este verão sufocante do legítimo descontentamento dos Negros não passará até termos um renovador outono de liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, mas um começo. Esses que esperam que o Negro agora estará contente, terão um violento despertar se a nação votar aos negócios de sempre.
Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à comunidade negra que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas brancas, para muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos pela presença deles aqui hoje, vieram entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar só.
E como nós caminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à frente. Nós não podemos retroceder. Há esses que estão perguntando para os devotos dos direitos civis, "Quando vocês estarão satisfeitos?"
Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não poderem ter hospedagem nos motéis das estradas e os hotéis das cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não, nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza.
Eu não esqueci que alguns de você vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de você vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Você são o veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe caiar no vale de desespero.
Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.
Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.
Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.
Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!
Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!
Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta.
Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado.
"Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto.
Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,
De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"
E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.
E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire.
Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York.
Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania.
Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.
Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia.
Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.
Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee.
Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi.
Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.
E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:
"Livre afinal, livre afinal.""

Fonte: jornaldenisa.blogspot.com/2008_05_01_archive.html

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Willian Carey

Willian (Guilherme) Carey (1761-1834) - Pai das missões modernas

Introdução
Filho de Edmundo e Elizabeth Carey, William Carey nasceu em uma humilde cabana em Agosto de 1761, na pequena vila de Paulerspury, em Northamptonshire, na Inglaterra. Em Piddington, aos 14 anos, William aprendeu a arte de sapateiro.
Apesar de nascer em um lar anglicano, sua primeira identificação com a fé genuína, foi através de seu companheiro de trabalho, John Warr, filho de um desertor da Igreja Estatal. Em 1779, aos 18 anos, nasceu de novo, quando ainda estava identificado com a igreja oficial da Inglaterra, e uniu-se a uma pequena igreja batista. Logo começou a se preparar para pregar. Saturou-se de conhecimentos tornando-se poliglota, dominando o latim, grego, hebraico, italiano, francês e holandês, além de diversas ciências. Assim, aos poucos, entendeu que o mundo era bem maior do que as Ilhas Britânicas e sentiu, como todo o crente verdadeiro deve sentir, a perdição de uma humanidade sem um Salvador.
Em Junho de 1781, casou-se com a jovem Dorothy Placket, da qual teve cinco filhos. No ano de 1775, foi atingido pelo avivamento trazido pelas mensagens de John Wesley e George Whitefield. Apesar de ter sido batizado quando criança, William Carey sentiu a necessidade de confessar sua fé publicamente. Sendo assim, foi batizado nas águas no dia 5 de Outubro de 1783, pelo pastor John Ryland. Em 1787, foi consagrado e começou a pregar sobre a necessidade missionária no mundo, e não só na Inglaterra. Como os membros de sua congregação eram pobres, Carey teve por necessidade continuar trabalhando para ganhar o seu sustento.
William Carey viveu num momento muito importante do movimento missionário protestante, que começou com seu ministério de quarenta anos na Índia, e incluía outros nomes famosos, como Henry Martyn, Adoniram Judson, Robert Morrison, David Livingston e Hudson Taylor. Todos conheciam Carey pessoalmente ou foram influenciados por ele.
Em seu leito de morte, William Carey solicitou a Alexandre Duff (1806-1878), missionário escocês na Índia: “Quando eu me for, não diga nada acerca do Dr. Carey. Fale acerca do Salvador de Dr. Carey”. Duff atendeu apenas à segunda parte do pedido, assim como muitos após ele.

Sua Infância e Juventude
O menino Guilherme Carey, era apaixonado pelo estu­do da natureza. Enchia seu quarto de coleções de insetos, flores, pássaros, ovos, ninhos, etc. Certo dia, ao tentar al­cançar um ninho de passarinhos, caiu de uma árvore alta. Ao experimentar a segunda vez, caiu novamente. Insistiu a terceira vez: caiu e quebrou uma perna. Algumas semanas depois, antes de a perna sarar, Guilherme entrou em casa com o ninho na mão. - "Subiste à árvore novamente?!" -exclamou sua mãe. - "Não pude evitar, tinha de possuir o ninho, mamãe" - respondeu o menino.
O avô e o pai do pequeno Guilherme eram sucessiva­mente professor e sacristão (Igreja Anglicana) da Paró­quia. Assim o filho aprendeu o pouco que o pai podia ensi­nar-lhe. Mas não satisfeito com isso, Guilherme continuou seus estudos sem mestre.
Aos doze anos adquiriu um exemplar do Vocabulário Latino, por Dyche,. o qual decorou. Aos quatorze anos ini­ciou a carreira como aprendiz de sapateiro. Na loja encon­trou alguns livros, dos quais se aproveitou para estudar. Assim iniciou o estudo do grego. Foi nesse tempo que che­gou a reconhecer que era um pecador perdido, e começou a examinar cuidadosamente as Escrituras.
Não muito depois da sua conversão, com 18 anos de idade, pregou o seu primeiro sermão. Ao reconhecer que o batismo por imersão é bíblico e apostólico, deixou a deno­minação a que pertencia. Tomava emprestados livros para estudar e, apesar de viver em pobreza, adquiria alguns li­vros usados. Um de seus métodos para aumentar o conhe­cimento de outras línguas, consistia em ler diariamente a Bíblia em latim, em grego e em hebraico.
No ano de 1775, Carey foi grandemente impactado pelo avivamento liderado pelos também britânicos John Wesley (1703-1791) e George Whitefield (1714-1770). Apesar de ter sido batizado quando criança, William Carey sentiu a necessidade de confessar sua fé publicamente. Sendo assim, foi batizado nas águas do rio Nene, em Northampton, no dia 5 de outubro de 1783, pelo pastor John Ryland Jr. (1753-1825), que se tornou um grande amigo e apoiador da obra missionária que Carey veio a realizar.

Casamento
Em junho de 1781, casou-se com a jovem Dorothy Plackett (1756-1807), com a qual teve sete filhos (Ann, Felix, William Jr., Peter, Lucy, Jabez, e Jonathan), e com quem permaneceu casado por vinte e seis anos. Charlotte Von Rumohr (1761-1821), a quem Carey conheceu em Serampore, Índia, foi sua segunda esposa, e com quem conviveu por treze anos numa união muito feliz. Sua vida muito espiritual e intelectual foi de grande encorajamento e ajuda para Carey em seu trabalho. Grace Hughes (1777-1835) foi sua terceira esposa; era uma viúva de quarenta e cinco anos quando se casaram, e, como uma devotada companheira, cuidou de Carey durante os seus últimos onze anos. Grace teve uma filha de seu primeiro casamento.

Seu ministério e sua Chamada
Em 1787, William Carey foi consagrado e começou a pregar sobre a necessidade missionária no mundo, e não só na Inglaterra. Como os membros de sua congregação eram pobres, provendo-lhe o módico ordenado de 15 libras anuais, Carey teve por necessidade continuar trabalhando para ganhar o seu sustento. Costumava dizer: “Meu negócio é estender o Reino de Cristo. Fabrico e remendo sapatos unicamente para ajudar a cobrir minhas despesas”. O Sr. Robert Hall (1728-1791), pastor em Arnesby, Leicestershire, foi um dos mentores de Carey no ministério. A Associação Batista de Northamptonshire fora fundada em 1765.
Na sua pequena oficina Carey pendurou um mapa-múndi feito pelas suas próprias mãos. Neste mapa, ele incluiu todas as informações disponíveis: população, flora, fauna, características do povo, etc. Enquanto trabalhava, olhava para ele, orava, sonhava e agia! Foi assim que sentiu mais e mais a chamada de Deus em sua vida. Quando quis introduzir o assunto de missões na associação local de pastores, Carey teria sido repreendido pelo reverenciado presidente John Collett Ryland (1723-1792), pastor batista em Northampton, o qual teria rebatido seu desejo de enviar missionários para terras remotas. Mas Carey continuou a sua propaganda pró-missões estrangeiras, e tomando Isaías 54.2 como texto, pregava sobre o tema: "Esperai grandes coisas de Deus; praticai proezas para Deus."

O resultado foi que um grupo de doze pastores batistas, reunidos na casa de Sra. Beeby Wallis, formaram a Baptist Missionary Society (Sociedade Missionária Batista), no dia 2 de outubro de 1792. Originalmente, o nome da organização era Particular Baptist Society for the Propagation of the Gospel Amongst the Heathen (Sociedade Batista Particular para a Propagação do Evangelho entre os Pagãos). Carey se ofereceu para ser o primeiro missionário. Através do testemunho do Dr. John Thomas (1757-1800), um missionário e médico que trabalhou por vários anos em Bengali, na Índia, William Carey recebeu confirmação de sua chamada no dia 10 de janeiro de 1793. Andrew Fuller (1754-1815), pastor batista em Kettering, tornou-se o principal teólogo do movimento missionário, aliando a profunda teologia da escola calvinista de Jonathan Edwards (1703-1758) com um fervoroso zelo missionário e uma ação pastoral prática e piedosa. Homens como os pastores batistas Samuel Pearce (1766-1799) e John Sutcliff (1752-1814), e John Newton (1725-1807), o conhecido clérigo anglicano e escritor de hinos, foram grandes encorajadores da obra missionária que ele se propôs a realizar.
Apesar de Carey ter certeza de sua chamada, sua esposa recusou-se a deixar a Inglaterra. Isto muito doeu em seu coração. Foi decidido, no entanto, que seu filho mais velho, Felix, o acompanharia à India. Além deste fator, outro problema que parecia insolúvel era a proibição de qualquer missionário na Índia. Sob tais circunstâncias era inútil pedir licença para entrar, mas mesmo assim, conseguiram embarcar sem o documento no dia 4 de abril de 1793. Ao esperar na Ilha de Wight por outro navio que os levaria à Índia, o comandante recusou levá-los sem a permissão necessária. Com lágrimas nos olhos e o coração apertado, William Carey viu o navio partir e ele ficar. Sua jornada missionária para Índia parecia terminar ali. Porém, Deus, que tem todas as coisas sob controle, tinha outro propósito.

Ao regressar à Londres, a Sociedade Missionária conseguiu reunir recursos e comprar as passagens em um navio dinamarquês. Uma vez mais, Carey rogou à sua esposa que o acompanhasse. Ela ainda persistia na recusa, e ao despedir-se pela segunda vez disse: "Se eu possuísse o mundo inteiro, daria alegremente tudo pelo privilégio de levar-te e os nossos filhos comigo; mas o sentido do meu dever sobrepuja todas as outras considerações. Não posso voltar atrás sem incorrer em culpa para minha alma." Ao se preparar para partir, um dos amigos que iria viajar com Carey, Dr. Thomas, voltou e conversou com Dorothy, esposa de William Carey, e, como que por um milagre, ela decidiu acompanhá-lo. Foi uma imensa alegria para ele, quando viu sua esposa e filhos com as malas prontas a lhe acompanhar! Agora ele compreendia a razão de não haver viajado no primeiro navio. O comandante do navio comoveu-se a ponto de permitir que a família viajasse sem pagar as passagens. Finalmente, no dia 13 de junho de 1793, a bordo do navio Kron Princesa Maria, William Carey, com trinta e três anos, deixou a Inglaterra e nunca mais voltou, partindo para a Índia com sua família, onde, em condições dificílimas e de oposição, trabalhou durante quarenta e um anos. Durante sua viagem, aprendeu suficiente o Bengali, e ao desembarcar, já comunicava com o povo.

Alguns biógrafos dizem que William Carey “não foi dotado de inteligência superior e nem de qualquer dom que deslumbrasse os homens”. Entretanto, todos identificam “seu caráter perseverante, com espírito indômito e inconquistável, que completava tudo quanto iniciava”. O fato, porém, é que apesar de não haver recebido educação formal em sua mocidade, Carey chegou a ser um dos homens mais eruditos do mundo, no que diz respeito à lingua sânscrito e a outros idiomas orientais. Distinguiu-se notavelmente no campo da lingüística, e suas gramáticas e dicionários são usados ainda hoje.

Durante seu primeiro ano na Índia, todos seus familiares adoeceram, um após outro. Seu filho Peter, de cinco anos, foi vitimado pela febre e morreu. Para manter-se, Carey trabalhava como gerente de uma fábrica de corante anil. Decorridos sete anos, o primeiro convertido foi batizado, Krishna Pal (m. 1822), um carpinteiro. Outros missionários se juntaram a Carey. Em 1799, William Ward (1769-1823) e Joshua Marshman (1768-1837) vieram somar esforços. Juntos eles fundaram 26 igrejas, 126 escolas com 10.000 alunos, traduziram as Escrituras em 44 línguas, produziram gramáticas e dicionários, organizaram a primeira missão médica na Índia, seminários, escola para meninas, e o jornal na língua Bengali. Além disso, William Carey foi responsável pela erradicação do costume "suttee", o qual queimava a viúva juntamente com o corpo do defunto numa fogueira. Foi também responsável pela cessação do sacrifício de crianças, que eram atiradas às águas do rio Ganges. Entre os efeitos de seu trabalho estão vários experimentos agrícolas; a fundação da Sociedade de Agricultura e Horticultura na Índia em 1820; a primeira imprensa, fábrica de papel e motor à vapor na Índia; e a tradução da Bíblia em Sânscrito, Bengali, Marati, Telegu e nos idiomas dos Sikhs.

Calcula-se que William Carey traduziu a Bíblia para a terça parte dos habitantes do mundo. Alguns missionários, em 1855, ao apresentarem o Evangelho no Afeganistão, acharam que a única versão que esse povo entendia era o Pushtoo, feita em Sarampore por Carey. Durante mais de trinta anos, William Carey foi professor de línguas orientais no Colégio de Fort Williams. Fundou, também, o Serampore College para ensinar os obreiros. Sob a sua direção, o colégio prosperou, preenchendo um grande vácuo na evangelização do país. Os seus esforços, inspiraram a fundação de outras missões, dentre elas: a Associação Missionária de Londres, em 1795; a Associação Missionária da Holanda, em 1797; a Associação Missionária Americana, em 1810; e a União Missionária Batista Americana, em 1814.

Sua Morte
Com o avançar da idade, seus amigos insistiam em que diminuísse os seus esforços, mas a sua aversão à inatividade era tal, que continuava trabalhando mesmo quando a força física não dava para a necessária energia mental. Por fim, viu-se obrigado a ficar de cama, onde continuava a corrigir as provas das traduções.
Carey morreu aos setenta e três anos, na manhã de 9 de junho de 1834, respeitado por todo o mundo, e considerado por muitos como “o pai de um grande movimento missionário”. Seu corpo foi sepultado no “campo missionário”.
Ao chegar à Índia, os ingleses negaram-lhe permissão para desembarcar. William Wilberforce (1759-1833), o denodado líder do Parlamento (que empenhou-se pelo fim do tráfico negreiro), defendeu o direito de Carey e outros missionários de levarem adiante a pregação do Evangelho na índia.
Ao morrer Carey, porém, o governo britânico mandou içar as bandeiras a meia haste em honra de um herói que fizera mais para a Índia do que todos os generais britânicos.
O corpo de Guilherme Carey descansa, mas a sua obra continua a servir de bênção a uma grande parte do mundo.

1761 - Nasce na Inglaterra, na pequena vila de Paulerspury, em Northamptonshire, no mês de agosto. Era de família pobre, seus pais eram os anglicanos: Edmund e Elizabeth Carey.

1775 - Aos 14 anos aprende a profissão de sapateiro, que iria exercer durante boa parte de sua vida.

1775 - As mensagens de avivamento de John Wesley e George Whitefield atingem o coração do adolescente William Carey.

1779 - Aos 18 anos ocorre sua conversão, quando passa a freqüentar uma pequena igreja batista da Inglaterra.

1779 - Logo após sua conversão, passa a dedicar-se aos estudos, aprendendo diversas ciências e idiomas, como o latim, o grego, o hebraico, o italiano, o francês e o holandês.

1781 - Casa-se com a jovem Dorothy Placket, com quem teve os seus filhos.

1783 - É batizado pelo pastor John Ryland, no dia 5 de outubro.

1787 - Foi consagrado e começou a pregar sobre a necessidade missionária em todo o mundo.

1787 - Continuou trabalhando como sapateiro, pois os membros de sua igreja dispunham de poucos recursos financeiros. Colocou um mapa-múndi na sua sapataria, onde sempre orava pela evangelização mundial.

1792 - Funda a Sociedade Missionária Batista.

1793 - No dia 13 de junho embarca no navio Kron princess Mary para a Índia e nunca mais volta para a Inglaterra. Durante a viagem, aprendeu o bengali, dialeto local da Índia, chegando ao país já evangelizando a população.

1801 - Publica o Novo Testamento em bengali (idioma indiano).

1834 - Morre aos 73 anos. Pelo que se tem registro, Carey foi o 1° missionário a batizar um hindu convertido à fé cristã. Foi também professor de milhares de seminarista indianos e ajudou a fundar muitas escolas e seminários teológicos. Por dados estatísticos, estima-se que tenha traduzido a Bíblia para a terça parte do mundo.

Fonte: Livro de Orlando Boyer “Heróis da Fé”
http://www.sepoangol.org/carey.htm
http://www.gilsonsantos.com.br/htm/post-067.htm
http://www.cicero.com.br/evangelista/williamcarey.htm

segunda-feira, 25 de maio de 2009

John Wesley

John Wesley (1703 - 1791)

Introdução
O céu, à meia-noite, era iluminado pelo reflexo sombrio das chamas que devoravam vorazmente a casa do pastor Samuel Wesley. Na rua, ouviam-se os gritos: "Fogo! Fogo!" Contudo, a família do pastor continuava a dormir tranqüilamente, até que os escombros ardentes caíram sobre a cama de uma filha, Hetty. A menina acordou sobressaltada e correu para o quarto do pai. Sem poder salvar coisa alguma das chamas, a família foi obrigada a sair casa a fora, vestindo apenas as roupas de dormir, numa temperatura gélida.
A ama, ao ser despertada pelo alarme, arrebatou a criança menor, Carlos, do berço. Chamou os outros meninos, insistindo que a seguissem, desceu a escada; porém, John Wesley, que então contava cinco anos e meio, ficou dormindo.
Três vezes a mãe, Susana Wesley, que se achava doente, tentou, debalde, subir a escada. Duas vezes o pai tentou, em vão, passar pelo meio das chamas, correndo. Sentindo o perigo, ajuntou a família no jardim, onde todos caíram de joelhos e suplicaram a favor da criança presa pelo fogo.
Enquanto a família orava, John Wesley acordou e, depois de tentar descer pela escada, subiu numa mala que estava em frente a uma janela, onde um vizinho o viu em pé. O vizinho chamou outras pessoas e conceberam o plano de um deles subir nos ombros de um primeiro enquanto um terceiro subia nos ombros do segundo, e alcançaram a criança. Dessa maneira, John Wesley foi salvo da casa em chamas, apenas instantes antes de o teto cair com grande fragor.
O menino foi levado, pelos intrépidos homens que o salvaram, para os braços do pai. "Cheguem, amigos!", clamou Samuel Wesley, ao receber o filhinho, "ajoelhemo-nos e agradecemos a Deus! Ele me restituiu todos os meus filhos; deixem a casa arder; os meus recursos são suficientes." Quinze minutos depois, casa, livros, documentos e mobiliários, não existiam mais.
Anos depois, em certa publicação, apareceu o retrato de John Wesley e embaixo a representação de uma casa ardendo, com as palavras: "Não é este um tição tirado do fogo?" (Zacarias 3.2).

John Wesley viveu na Inglaterra do século XVIII, uma sociedade conturbada pela Revolução Industrial, onde crescia muito o número de desempregados. A Inglaterra estava cheia de mendigos itinerantes, políticos corruptos, vícios e violência generalizada. O cristianismo, em todas as suas denominações, estava definhando. Ao invés de influenciar, o cristianismo estava sendo influenciado, de maneira alarmante, pela apatia religiosa e pela degeneração moral. Dentre aqueles que não se conformavam com esse estado paralisante da religião cristã, sobressaiu-se John Wesley. Primeiro, durante o tempo de estudante na Universidade de Oxford, depois como líder no meio do povo.

A Infância
Mas a biografia deste célebre pregador, para ser com­pleta, deve incluir a história de sua mãe, Susana.
A mãe de Susana era filha de um pregador. Esforçada na obra de Deus, casou-se com o eminente ministro, Samuel Annesley. Dos vinte e cinco filhos deste enlace, Susana era a vigésima quarta. Durante a vida, seguiu o exemplo da sua mãe, passando uma hora de madrugada e outra à noite, orando e meditando sobre as Escrituras. Pelo que ela escreveu certo dia, vê-se como se dedicava à oração: "Que Deus seja louvado por todos os dias em que nos comportamos bem. Mas estou ainda descontente, porque não desfruto muito de Deus; sei que me conservo demasiadamente longe dele; anseio ter a alma mais intimamente ligada a Ele pela fé e amor".
John era o décimo-quinto filho dos dezenove filhos de Samuel e Susana Wesley. O que vamos transcrever, escrito pela mãe de John, mostra como ela era fiel em "ordenar a seus filhos e a sua casa depois" dela (Gênesis 18.19): "Para formar a mente da criança, a primeira coisa é vencer-lhe a vontade. A obra de instruir o intelecto leva tempo e deve ser gradual, conforme a capacidade da criança. Mas o subjugar-lhe a vontade deve ser feito de uma vez, e quanto mais cedo tanto melhor... Depois, pode-se governar a criança pela razão e piedade dos pais, até chegar o tempo de a criança poder, também exercer o raciocínio."
Susana Wesley acreditava que "aquele que poupa a vara, aborrece a seu filho" (Provérbios 13.24), e não consentia que seus filhos chorassem em voz alta. Assim, apesar de a casa estar repleta de crianças, nunca havia tempos tristonhos nem balbúrdia no lar do pastor. Um filho jamais ganhou coisa alguma chorando, na casa de Susana Wesley.
Susana marcava o quinto aniversário de cada filho como o dia em que deviam aprender o alfabeto; e todos, a não ser dois, cumpriram a tarefa no tempo marcado. No dia seguinte, a criança que completava cinco anos e aprendia o alfabeto, começava o estudo da leitura, iniciando-o com o primeiro versículo da Bíblia.
"Os meninos no lar de Samuel Wesley aprenderam o valor que há em observar fielmente os cultos. Não há em outras histórias fatos tão profundos e atraentes como o que consta acerca dos filhos de Samuel e Susana Wesley, pois antes de saberem ajoelhar-se ou falar, eram instruídos a dar graças pelo alimento, por meio de acenos apropriados. Logo que aprendiam a falar, repetiam a Oração Dominical de manhã e à noite; e eram ensinados, também, a acrescentar outros pedidos, conforme o seu desejo... Ao chegarem à idade própria, um dia da semana era designado a cada filho, para conversar sobre as 'dúvidas e dificuldades'. Na lista aparecem os nomes de John, para quarta-feira, e o de Carlos, para o sábado. E para os filhos, o dia de cada um tornou-se precioso e memorável... É comovente ler o que John Wesley, vinte anos depois de sair da casa paterna disse à sua mãe: "Em muitas coisas a senhora tem intercedido por mim e tem prevalecido. Quem sabe se ago-ra também, na intercessão para que eu renuncie inteiramente o mundo, terá bom êxito?... Sem dúvida será tão eficaz para corrigir o meu coração, como era então para formar o meu caráter."
Depois do espetacular salvamento de John do incêndio, sua mãe, profundamente convencida de que Deus tinha grandes planos para seu filho, resolveu firmemente criá-lo para servir e ser útil na obra de Cristo. Susana escreveu estas palavras nas suas meditações particulares: "Senhor, esforçar-me-ei mais definitivamente em prol desta criança, a qual salvaste tão misericordiosamente. Procurarei transmitir-lhe fielmente ao coração os princípios da tua religião e virtude. Senhor, dá-me a graça necessária para fazer isso sincera e sabiamente, e abençoa os meus esforços com grande êxito!"

Samuel, o pai de John, era um erudito, que por muitos anos trabalhou numa obra monumental sobre o livro de Jó. Um pregador severo, para não dizer implacável, uma vez exigiu que uma adúltera andasse nas ruas em sua vergonha e ele forçou o casamento de uma de suas filhas depois que ela tentou fugir com um homem que não era o escolhido de seu pai. Com seu pai e sua mãe, John Wesley desenvolveu excelentes hábitos de estudo e também se acostumou com sofrimento físico.

Juventude e os Estudos
Acerca deste tempo, John Wesley escreveu: "Eu participava de várias coisas que reconhecia como sendo pecado, embora não fossem escandalosas aos olhos do mundo. Contudo, continuei a ler as Escrituras e a orar de manhã e à noite. Baseava a minha salvação sobre os seguintes pontos:1) Não me considerava tão perverso como o próximo. 2) Conservava a inclinação de ser religioso. 3) Lia a Bíblia, assistia aos cultos e fazia oração".

Depois de estudar seis anos na Charterhouse, Wesley cursou em Oxford, tornando-se proficiente no latim, grego, hebraico e francês. Mas seu interesse principal não era o intelecto. Sobre esse assunto ele escreveu: "Comecei a reconhecer que a religião verdadeira tem a sua fonte no coração... reservei duas horas, todos os dias, para ficar sozinho com Deus. Participava da Ceia do Senhor de oito em oito dias. Guardei-me de todo o pecado, quer de palavras, quer de atos. Assim, na base das boas obras que praticava, eu me considerava um bom crente".

John Wesley foi para Charterhouse School em 1714, para Christ Church College, Oxford, em 1720, e em 1726 foi eleito membro na Lincoln College, Oxford. Depois de aceitar uma posição de pastor auxiliar em Wroote, Lincolnshire, de 1727 a 1729, ele voltou à Oxford não apenas para continuar seus estudos, mas também começar a viver a vida santa. Muitos outros jovens brilhantes tinham um curriculum como o de Wesley, mas poucos tinham a sua dedicação. Ele dominava pelo menos sete idiomas e desenvolveu uma visão verdadeiramente abrangente em todas as áreas da investigação. Sua mente nunca encerrou a busca pelo resto de sua vida. Quando ele voltou de Wroote para Oxford, ele assumiu a liderança de um grupo chamado Holy Club (Clube Santo), iniciado por seu irmão Charles. Aqui, eles buscavam reforçar a fé através do estudo das Escrituras e medindo a qualidade da santidade da vida de cada membro.

O Holy Club fazia mais que pensar e orar. Eles foram às prisões levar salvação aos prisioneiros. Embora eles fossem ridicularizados por seus companheiros de Oxford, de seu grupo de baixa posição saíram homens que se tornaram importantes para aquele tempo, particularmente os irmãos Wesley e George Whitefield. O seu regime exigia jejuns periódicos, encontros regulares para estudo e auto-exame.

Seu ministério
Obedecendo ao Senhor, John Wesley viajou para colônia em Georgia, como capelão, em 1736. Charles nesta época era secretário do governador e o piedoso trabalho em Georgia, embora com muitas lutas, teve sucesso mais tarde. O reverendo George Whitfield, depois de visitar a sede do movimento, escreveu: "O eficiente trabalho de John Wesley na América é impressionante. Seu nome é muito precioso entre o povo, pois tem edificado as fundações que, espero, nem homens nem demônios a abalem".

Em 1735 grandes mudanças atingiram John e Charles Wesley. O seu pai morreu e ambos foram com o governador Ogilthorpe para a colônia Georgia com a bênção e encorajamento de sua mãe. A Georgia foi uma prova para John, que logrou que realmente não gostava dos índios e que sua rigidez não era muito apreciada pelas pessoas da Georgia. Mas importante que isto, foi o contato de John com uma pequena banda de morávios na viagem para a colônia. Estes homens e mulheres destemidamente cantavam hinos durante terríveis tempestades no mar, enquanto ele se desesperava. Ele queria conhecer a fé que eles pareciam ter. Em 1737 ele retornou à Inglaterra.

Devemos dar a John Wesley o crédito, pois ele podia ser crítico o bastante consigo mesmo para parar naquele momento e saber que ele era um ministro experiente para examinar sua falta de fé. Peter Boehler, um morávio, deu-lhe a chave - pregar a fé até que ele a tivesse, e então ele pregava a fé. Então aconteceu que John Wesley habitou na fé até 24 de maio, uma quarta-feira, em 1738, no famoso encontro de Aldersgate, ele teve uma conversão, uma profunda e inconfundível experiência de fé. Seu "coração foi estranhamente aquecido". Então seu verdadeiro trabalho começou.

Como tinha uma mente livre, John Wesley ainda conseguia retirar os melhores recursos das melhores mentes do seu tempo. William Law, por exemplo, foi seu professor, amigo e mentor por vários anos; mas Wesley achou que um ingrediente importante estava faltando no programa de Law para uma vida devota. Os seguidores de Platão conseguiram comunicar a Wesley uma estrutura intelectual que era mais espiritual do que material, mas os hábitos mentais de Wesley estavam moldados tanto pelo modelo de análise de Newton do que pelo platonismo. Os morávios eram o mais perto de uma síntese de todos os elementos que ele desejava e pôde encontrar. Ele até mesmo visitou Herrnhut para saber como sua comunidade trabalhava. Mas algo estava faltando lá, como em todo lugar, e em 1740, ele e seus seguidores romperam com os morávios, mas não antes que ele tivesse aprendido a pregar sermões ao ar livre, o que veio a ser uma parte essencial de seu programa mais tarde.

John Wesley tinha 37 anos de idade quando começou a viajar e pregar. Ele freqüentemente exagerava o número daqueles que vinham ouvi-lo. Muitas vezes, as mesmas pessoas que precisaram de sua ajuda eram as mesmas que mais o perseguiam. Ele pregava em púlpitos até que eles fossem fechados para ele, e ele então pregava nos campos abertos. Ele pregava três vezes por dia, começando às 5 da manhã, uma vez que os trabalhadores poderiam parar para ouvi-lo enquanto andavam para o seu trabalho monótono.

Algumas vezes ele andava 60 milhas (90 quilômetros) por dia a cavalo. As condições do tempo não importavam; ele fazia seu horário e o cumpria, não importavam as dificuldades. Ele fugia de uma multidão zangada pulando num lago gelado, nadava para fora dele e continuava a pregar novamente. Ele tinha a habilidade de trazer as pessoas hostis para o seu lado.

Ele foi para Gales do Sul em 1741, para o norte da Inglaterra em 1742, Irlanda em 1747, e Escócia em 1751. No total, ele foi à Irlanda quarenta e duas vezes e à Escócia vinte e duas vezes. Ele retornou às cidades vezes e mais vezes. Houve ocasiões em que ele retornava anos depois de sua última visita e registrava que a pequena sociedade que ele ajudara ainda estava intacta e fiel. Ele examinava cada membro de cada sociedade pessoalmente para buscar crescimento espiritual e de fé. As sociedades então formadas proviam a organização local para seu movimento.

O que Wesley pregava? Frugalidade, limpeza, honestidade, salvação, boas relações familiares, dúzias de outros temas, mas acima de tudo, a fé em Cristo. Ele não pedia aos seus ouvintes para deixarem suas igrejas, mas para continuarem indo nelas. Ele lhes deu o refrigério espiritual que eles não achavam fora do círculo. Quando suas décadas de provação produziram décadas de triunfo, as multidões aumentaram. Ricos e pobres vinham para ouvi-lo falar. Ele desenvolveu redes de assistentes leigos. Suas exortações para viver perfeitamente em amor hoje parecem duras, mas considere os efeitos em suas congregações. Os xingamentos nas fábricas pararam, os homens e as mulheres começaram a se preocupar com vestimentas limpas e simples, extravagâncias como chá caro e vícios como o gim foram deixados por seus seguidores, vizinhos deram um ao outro ajuda mútua através das sociedades.

Wesley ensinou tanto pelo exemplo como pelos seus sermões tão medidos. Suas despesas anuais já foram mencionadas. Ele publicou muitos volumes para serem usados em devocionais e direcionou o lucro para projetos, como um local de ajuda para os pobres. Sua vida pessoal estava além de reprovação. Ele traduziu hinos, interpretou as Escrituras, escreveu centenas de cartas, treinou centenas de homens e mulheres e manteve em seus diários um registro da energia dispensada, que dificilmente tem um rival na literatura ocidental. Sua maneira de falar na linguagem do homem comum teve um impacto imensurável no surgimento do inglês moderno, assim como os hinos de Charles Wesley tiveram um grande impacto na música com suas muitas canções sem mencionar a poesia da subseqüente era Romântica.

Mas o impacto dos Wesleys nas classes mais baixas foi além de afetar seus hábitos de vida e modo de falar. John Wesley proveu uma estrutura religiosa que era local e pessoal, bem como energeticamente moral. Sua teologia não tirava a liberdade e o direito de ninguém, pois qualquer um podia achar a graça de Deus para resistir ao diabo e ser salvo, se tão somente buscasse e recebesse. As sociedades que ele formou preservaram em seus estudos um foco de fé - uma fé que também levou a uma maneira de lidar com a realidade da vida das classes mais pobres.

Sua morte
A qualquer história da vida de John Wesley faltará o ponto principal, se não se fizer menção dos cultos de vigília que se realizavam uma vez por mês entre os crentes. Esses cultos se iniciavam às 20 horas e continuavam até depois da meia-noite - ou até cair o Espírito Santo sobre eles. Baseavam tais cultos sobre as referências no Novo Testamento, de noites inteiras passadas em oração. Foi assim que alguém se referiu ao sucesso: "Explica-se o poder de Wesley pelo fato de ele ser 'homo unius libri', isto é, um homem de um livro, e esse Livro é a Bíblia".

Pouco antes da sua morte, escreveu: "Hoje passamos o dia em jejum e oração para que Deus alargasse a sua obra. Só encerramos depois de uma noite de vigília, na qual o coração de muitos irmãos foi grandemente confortado".
No seu diário, John Wesley escreveu, entre outras coisas, sobre oração e jejum, o seguinte: "Enquanto cursava em Oxford... jejuávamos às quartas e às sextas-feiras, como faziam os crentes primitivos em todos os lugares. Escreveu Epifânio (310-403): 'Quem não sabe que o jejum das quartas e das sextas-feiras é observado pelos crentes do mundo inteiro?"' Wesley continuou: "Não sei porque eles guardavam esses dois dias, mas é boa a regra; se lhes servia, também me serve. Contudo, não quero dar a entender que o único tempo de jejuar seja esses dois dias da semana, porque muitas vezes é necessário jejuar mais do que dois dias. É necessário permanecer sozinho e na presença de Deus, enquanto jejuamos e oramos, para que Deus possa mostrar-nos a sua vontade e dar-nos direção. Nos dias de jejum devemos afastar-nos, o mais possível, de todo serviço, de fazer visitas e das diversões, apesar dessas coisas se-rem lícitas em outras ocasiões".

Seu gozo em pregar ao ar livre não diminuiu na velhice: Em 7 de outubro de 1790, pregou pela última vez fora de casa, sobre o texto: "O reino de Deus está próximo, arrependei-vos, e crede no Evangelho". "A palavra manifestou-se com grande poder e as lágrimas do povo corriam em torrentes".

Um por um, seus fiéis companheiros de luta, inclusive sua esposa, foram chamados para o descanso, mas John Wesley continuava a trabalhar. Com a idade de 85 anos, seu irmão, Carlos, foi chamado pelo Senhor e John sentou-se perante a multidão, cobrindo o rosto com as mãos, para esconder as lágrimas que lhe corriam pelas faces. Seu ir-mão a quem amava tanto durante tão longo tempo, partira e ele, agora, tinha de trabalhar sozinho.

Em 2 de março de 1791, com a idade de quase 88 anos, completou a sua carreira terrestre. Durante toda a noite anterior, não cessaram em seus lábios o louvor e a adoração, pronunciando estas palavras: "As nuvens distilam a gordura". Sua alma saltou de alegria com a antecipação das glórias do lar eterno e exclamou: "O melhor de tudo é que Deus está conosco". Então, levantando a mão, como se fosse o sinal da vitória, novamente repetiu: "O melhor de tudo é que Deus está conosco". Às 10 horas da manhã, enquanto os crentes rodeavam o leito, em oração, ele disse: "Adeus!", e assim passou para a presença do Senhor.

Um crente que assistiu à sua morte, assim relatou o ato: "A presença divina pairava sobre todos nós; não existem palavras para descrever o que vimos no seu semblante! Quanto mais o fitávamos, tanto mais víamos parte dos indizíveis céus".

Calcula-se que dez mil pessoas em desfile passaram diante do ataúde para ver o rosto que ainda retinha um sorriso celestial. Por causa das grandes massas que afluíram para honrá-lo, foi necessário enterrá-lo às cinco horas da manhã.
John Wesley nasceu e criou-se em um lar onde não havia abundância de pão. Com a venda dos livros da sua autoria ganhou uma fortuna, com a qual contribuía para a causa de Cristo; ao falecer, deixou no mundo "duas colheres, uma chaleira de prata, um casaco velho" e dezenas de milhares de almas, salvas em épocas de grande decadência espiritual.
A tocha em Epworth foi arrebatada do fogo, em Aldersgate e Fetter Lane começou a arder intensamente, e continua a iluminar milhões de almas no mundo inteiro.

Fonte: Livro de Orlando Boyer “Heróis da Fé”
Revista Obreiro Aprovado (Fev/Mar 1996)

domingo, 24 de maio de 2009

Além dos Jogos

Termino aqui uma série de postagem sobre povos, pessoas e cidades da China.

Essa matéria foi extraída do "Calendário de Oração 2007 para Pequenas e Grandes Cidades" da Horizontes América Latina.

Continue intercedendo pela China.

Confira abaixo as matérias desse calendário.

Além dos Jogos - 01
Além dos Jogos - 02 - BEIJING – O ALTAR PARA DEUS
Além dos Jogos - 03 - GANSU - SEITAS
Além dos Jogos - 04 - TIBETE - OS TIBETANOS
Além dos Jogos - 05 - CHONGQING – OS IMIGRANTES
Além dos Jogos - 06 - TIANJIN – MILITARES & POLÍCIA
Além dos Jogos - 07 - OS INFLUENCIADORES
Além dos Jogos - 08 - XANGAI: A HISTÓRIA DE UM PASTOR
Além dos Jogos - 09 - INTERIOR DA MONGÓLIA: OS MONGÓIS
Além dos Jogos - 10 - NINGXIA: OS HUI
Além dos Jogos - 11 - QINGHAI: OS PRISIONEIROS
Além dos Jogos - 12 - A IGREJA PERSEGUIDA
Além dos Jogos - 13 - XINJIANG: OS UIGHURS

Além dos Jogos - 13

XINJIANG: OS UIGHURS

Uighurs na China: 9.120.350
Uighurs fora da China: 378.000
Religião: Islã
Uighurs protestantes: 4502

Outros grupos de povo em Xinjiang
Han: ................................5.819.600
Cazaque: ............................1.150.000
Quirguiz: ...........................180.000
Torgut: .............................146.00

Principais pedidos de oração
1. Ore para que os cristãos estrangeiros na China e os cristãos Han em Xinjiang sintam pelo povo uighur não alcançado, por quem o Senhor Jesus morreu.
2. Ore contra os espírito de rancor que leva tantos jovens uighur para a violência.
3. Ore para que sejam formados discípulos firmes de Jesus através do uso eficaz da versão uighur do filme Jesus.


Uma identidade destemida

Os uighurs são um povo turco, cujo nome significa "aliança" ou "unidade". Eles viveram sob o governo chinês durante a dinastia Qing, e seu território foi nomeado "Xianjiang", que significa "Novo Domínio". Em 1921, eles receberam o nome "uighur" como parte de seu longo esforço para manter uma identidade nacional. Praticamente todos os uighurs vivem na Região Autônoma Uighur, em Xinjiang, mas a emigração maciça dos chineses Han em Xinjiang nos últimos 50 anos resultou na redução do povo uighur a uma mera maioria em sua área. Os uighurs se ressentem profundamente do governo chinês, e na última década, milhares de uighurs foram executados depois de centenas de conflitos violentos.

Um rebanho frágil
Entre os ancestrais Uighus está o povo Keriat. Centenas de milhares de Keriats tornaram-se cristãos nestorianos no séculos XI. Mas, após 300 anos, o grupo todo se tornou muçulmano. O processo de restabelecimento da igreja entre os Uighurs é uma história de grande coragem e perseverança, com pouca resultados.

Mildred Cable e Eva e Francesca French, o famoso "Trio" de missionários de CIM, serviram em Xinjiang por quinze anos. Elas foram fotografadas aqui após retornarem à Inglaterra com sua filha adotiva Topsy, uma criança de rua mongol-tibetana surda-muda.

Em 1982, a Swedish Missionary Union começou um trabalho em Kashgar com um muçulmano convertido da Turquia, chamado Mehemed Shuki (Johannes Aveteranian). Os projetos de educação e saúde eram sua plataforma de evangelização, e o primeiro batismo ocorreu depois de 15 anos de trabalho. O maior número de batismo uighur registrado foi de 10 pessoas, ocorrido em Kashgar em 1932. A igreja em Kashgar tinha 133 membros em 1933, a maioria uighur e quirguiz. Em 1938, generais muçulmanos expulsaram os missionários suecos; mesmo assim a igreja cresceu, chegando a 200 membros em meio a prisões e torturas.

Muitos uighurs que vivem fora de Xinjiang levantam seu sustento vendendo sua comida típica.

Alguns missionários chineses dedicados também trabalharam entre os muçulmanos em Xinjiang. Simon Zhao Haizhen nasceu em Shenyang em 1918, e junto com sua esposa, mudou-se para Xinjiang, em 1949. eles juntaram-se a Nortwest Evangelistic Band e começaram a ministrar aos muçulmanos em Kashgar. Tio Simon foi preso em fevereiro de 1951, e sua esposa em 1959. Ela morreu na prisão, mas ele sobreviveu aos anos de trabalhos forçados e espancamentos, incluindo um, por desenhar a imagem de Jesus na cruz. Ele foi liberto em 1981, depois de 30 anos preso pelo Senhor Jesus em um laogai. Ele retornou a Kashgar em 1986 para retomar o ministério com antigos companheiros. Tio Simon morreu em 3 de dezembro de 2001, aos 83 anos. Ele devotou os últimos 15 anos de sua vida ao discipulado de uma nova geração de cristãos em Xinjiang.

Hoje, algumas centenas de cristãos uighurs vivem no Cazaquistão, e cerca de 5 vivem na China. Diferentemente do que fez tio Simon, o resultado da grande hostilidade racial entre os uighurs e os chineses Han é a falta de interesse da imensa maioria de crentes Han em alcançar os uighurs em Xinjiang. O historiador de missões Ralph Covell escreveu no Liberating Gospel na China que "os povos muçulmanos de Xinjiang estão entre os povos não-alcançados mais resistentes da China".

Além dos Jogos - 12

A Igreja Perseguida


Em fevereiro de 2002, a polícia de Pequim ameaçou fechar este lar para idoso por causa das reuniões de oração.



Principais pedidos de oração

1. "...Pai, perdoa-lhes, por que não sabem o que fazem..." (Lucas 23:34).
2. "...Senhor não lhes imputes este pecado!..." (Atos 7:60).
3. Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo." (João 16:33).

O pastor Gong Shengliang da Igreja do Sul da China foi sentenciado à morte em dezembro de 2001. Devido à oração fervorosa e à forte pressão internacional, as autoridades disseram que concederiam ao pastor Gong um segundo julgamento. Mas o novos julgamentos dos outros quatro membros da igreja sentecnciados à morte não foram anunciados na mesma ocasião.

Durante muitos anos, os cristãos que não vivem na China tiveram acesso a inúmeras histórias de perseguição na China. Para dar um exemplo, a Igreja do Sul da China foi brutalmente massacrada em 2001. Muitos fora torturados para que sob coerção entregassem os líderes da igreja, e dois membros morreram devido às torturas, a irmã Yu Zhongju e o irmão Gu Xuegui. Cinco sentenças foram proferidas contra o pastor Gong Shengliang, o irmão Xu Fuming, o irmão Hu Yong, o irmão Gong Bangkun e a irmã Li Ying. sobrinha do pastor Gong.

Normalmente, as estatísticas sobre a perseguição na China são muito difíceis de serem obtidas, mas uma abertura significativa ocorreu em março de 2002, quando o Comitê para a Investigação de Perseguição Religiosa na China divulgou dados coletados de aproximadamente 530.000 cristãos. Os resultados foram chocantes.

Os dados foram restritos aos anos de 1983 a 2001, e cobriam talvez 10% dos cristãos na China, mas nem por isso eram menos estarrecedores. Este grupo apresentava 130 cristãos mortos por sua fé; 209 aleijados permanentemente devido à tortura; 4.077 sentenciados à prisão; 10.522 extorquidos no pagamento de multas; e 25.354 presos. Mais tarde, o CIPRC divulgou uma lista detalhada de 123 cristãos presos.

Na página a seguir, estão relacionados os nomes e outros detalhes sobre estes 130 mártires que deram a vida pelo Senhor na China, e que foram recebidos na presença do Senhor. A lista completa inclui três que foram mortos aos 80 anos, cinco aos 70, e dez aos vinte anos de idade. Que nós possamos honrá-los e inspirar-nos na coragem de seu exemplo. Hebreus 11:36-40.

sábado, 23 de maio de 2009

População precisa se mobilizar urgentemente

Está tramitando na Câmara dos Deputados o PL 6.418/2005, de autoria do senador petista Paulo Paim. Esse projeto, que já foi aprovado no Senado, está parado desde julho de 2007 na Comissão de Direitos Humanos e Minoria da Câmara dos Deputados.

O texto original do senador Paim, que foi aprovado no Senado, fortalece a luta contra o preconceito no Brasil — em si só, já preocupante, pois o Brasil socialista anti-“preconceito”, que aceita radicais antissemitas como o presidente do Irã, vem usando leis anti-preconceito para perseguir até mesmo líderes cristãos que alertam contra a bruxaria (ops, “cultura” afro-brasileira). Mesmo sem tal lei absurda, um livro do Pe. Jonas Abib contra a feitiçaria foi proibido na Bahia.

Para piorar, ao chegar à Câmara dos Deputados, o projeto sofreu um implante gayzista, onde como relatora a Dep. Janete Pietá, do mesmo PT de Lula que quer a todo custo criminalizar palavras contrárias ao homossexualismo, introduziu no PL um substantivo anti-“homofobia” que é pior que o PLC 122/2006.

O PL 6.418/2005 original, que já previa o banimento e recolhimento de toda literatura que o governo considere preconceituosa, agora também prevê o banimento e recolhimento de toda literatura que o governo considere “homofóbica”. Tal medida cedo ou tarde implicará em sério risco para a publicação e distribuição da Bíblia Sagrada e livros evangélicos e católicos que tratem desfavoravelmente o homossexualismo. Aliás, mesmo sem tal lei draconiana, um livro evangélico contra o homossexualismo no Mato Grosso do Sul foi judicialmente retirado das lojas.

Com esse projeto aprovado, programas de TV e rádio que apresentem o homossexualismo de forma desfavorável ou negativa serão censurados e proibidos. Consequências adicionais, cedo ou tarde, serão: Pais precisarão de autorização estatal antes de levar filhos a reuniões que critiquem o homossexualismo, pois a crítica ao homossexualismo (não a glorificação do homossexualismo nas escolas públicas) será considerada problema grave e impróprio para menores.

Igrejas e escolas cristãs acabarão tendo de assinar documentos estatais se comprometendo a retirar crianças e adolescentes de reuniões onde o homossexualismo não seja tratado da forma que o Estado impõe. Crianças e adolescentes, que são cada vez mais expostos a aulas pró-homossexualismo nas escolas públicas, não mais poderão ser expostos a pregações ou programas que critiquem o homossexualismo sem permissão direta do governo e Conselhos Tutelares, sob risco de os pais serem presos ou perderem a guarda dos filhos. E adivinhe para quem o governo acabará entregando a guarda?

Mesmo sem o implante gayzista no PL 6.418/2005, as conseqüências são sérias [...].
O PL 6.418/2005 é um projeto tão ameaçador que merece ser denunciado por todos os meios de comunicação que se preocupam com o bem-estar social. O PT tentou colocá-lo para uma votação sorrateira em agosto de 2007, mas eu e o Dr. Zenóbio Fonseca preparamos um alerta nacional contra essa manobra. (Para ler nosso alerta da época, siga este link:

http://juliosevero.blogspot.com/2007/08/alerta-gravssimo-o-brasil-est-sob-o.html

Essa surpresa esquerdista desagradável só não teve êxito por causa dos olhos atentos de uma grande assessora evangélica. Graças ao excelente trabalho da Dr. Damares Alves, pudemos ter todas as informações confidenciais para conscientizar a população e dar uma “surpresa” para a manobra do PT.
Depois de nosso alerta, o projeto ficou parado. Fomos vitoriosos naquela batalha.
Agora, o monstro ressurge das sombras. Semana passada, líderes políticos assinaram um requerimento para que o PL 6.418/2005 anti-“homofobia” e anti-“preconceito” seja votado com urgência máxima no plenário da Câmara dos Deputados, sem nem mesmo antes ser votado na Comissão de Direitos Humanos e Minorias e na Comissão de Constituição e Justiça.
Aparentemente, acharam que, como o projeto estava parado há quase dois anos, todos já haviam esquecido. Começaram então a manobrar de novo.
Com a articulação do governo Lula, que apóia descaradamente a glorificação do homossexualismo e a criminalização de cristãos anti-sodomia, essa manobra tem tudo para ser aprovada no plenário da Câmara, sem maiores discussões.
Resta à população se mobilizar, antes que seja obrigada a engolir goela abaixo mais um “democrático” projeto do PT.
Quando o assunto é implantar leis contrárias à família e a vida, a esquerda não descansa. Essa é uma lição importante para todos os que defendem a vida e a família: Nunca descansar.

De que forma se mobilizar:
Escrevendo aos deputados. A lista completa dos emails deles está aqui, em formato Excel. Para fazer o download, é só clicar aqui.
Você pode também mandar mensagens aos deputados através do sistema automático da Câmara, clicando aqui.
Para ver o PL 6.418/2005 na íntegra, clique aqui.


Fonte: www.juliosevero.com

Além dos Jogos - 11

QINGHAI: OS PRISIONEIROS

Significado: Mar Azul
População: 5.098.000
Protestante: 102.000 (2,0%)
Católicos: 15.000 (0,3%)
Atividade das Igreja nas casas: moderada
Escola Bíblicas Oficiais: nenhuma

Grupos minoritários em Qinghai
Tibetanos: .........................989.000
Hui: ...............................698.000
Tu: ................................200.000
Salar: .............................113.000

Principais pedidos de oração

1. Ore para que a glória de Deus brilhe sobre os muitos prisioneiros cristãos e outros, que vivem em condições escravocratas no sistema prisional laogai da China.
2. Ore para que os prisioneiros cristão continuem a conduzir muitos guardas e companheiros de cárcere ao Senhor.
3. Ore pelos cristãos que procuram produzir maneiras criativas de fazer discípulos em Qinghai.


A polêmica província
Qinghai é uma área esparsamente habitada que se tornou província em 1928, a princípio formada por um território que pertencera ao Tibete. A população de Qinghai é formada por: 19,4% de Tibetanos e 13.7% de Hui, e há muitos templos tibetanos budistas nas planícies de Qinghai, e muitos mosteiros também. Por ser pouco habitada e possuir muitas faixas não habitadas, Qinghai é também um lugar onde muitos prisioneiros foram exilados. Um observador calcula que 10% da população é formada por antigos prisioneiros. A população da divisão administrativa de Haixi, no distrito de Dulan, possui 18% de prisioneiros, uma porcentagem maior do que em qualquer outro distrito da China. Este distrito tornou-se um lugar de controvérsia internacional quando o Banco Mundial aprovou o financiamento de um projeto de reassentamento dos chineses Han em uma área tibetana.

Um sobrevivente do Laogai demonstra como comia quando suas mãos ficavam algemadas 24 horas por dia. O casaco que ele está usando pertenceu a seu pai, que se suicidou quando era prisioneiro em um laogai.

O "Laogai" da China
Laogai significa "reforma braçal" um eufemismo para so sistema prisional no qual os não camaradas são sistematicamente torturados e maltratados. A China tem o maior número de prisioneiros no mundo, com estatísticas que variam dos 1,5 milhões oficiala 8 milhões. Algumas das piores prisões da China são aquelas que abrigam os dissidentes religiosos em Xinjiang, no Tibete. A China declarou 18.194 execuções de 1990-1999, e, embora especialistas acreditem que este é apenas uma fração das execuções atuais, ainda assim é um número maior do que o total do resto mundo.
Nos primeiros anos da República do Povo, as prisões na China eram repletas de "contra-revolucionários", quase sempre, pessoas da classe média e alta. Como a China mudou da guerra entre classes para o desenvolvimento econômico, a população prisional passou a incluir grande número de traficantes, andarilhos, e oficiais corruptos do governo. Em ambas as eras, havia populações prisionais significativas de cristãos e reformadores políticos, que incluíam muitos cristãos católicos e protestantes. O ativista democrata Wei Jingsheng Ruowang passou 5 anos de sua sentença em Qinghai, e Wang Rouwang retrata a vida de muitos prisioneiros dos laogai em sua Hunger Trilogy.

Padre Wang passou 33 anos em um Laogai

Uma história Cristã
O Rev. Vicent Qin Guoliang, um padre católico nativo de Xangai, em seus 60 anos de vida passou 40 em prisões ou em campos de trabalho forçado em Qinghai. Ele ficou preso de 1955 a 1978 por sua recusa em romper os laços com o Vaticano. De 1978 a 1991, ele foi confinado como um "operário detento" fazendo tijolos na fábrica nº 4 em Xining. Ele foi preso em 3 de novembro de 1994 em Xining e sentenciado a dois anos de "reeducação pelo trabalho" em um campo a 19km de Xining. O padre Qin foi obrigado a carregar pedras e blocos de gelo no campo, mas depois de um mês, ele ficou seriamente doente, e de março de 1995 até sua libertação, foi permitido que fizesse trabalhos leves. Desde então, ele continua a ministrar aos católicos das igrejas não registradas.