sábado, 23 de maio de 2009

Além dos Jogos - 11

QINGHAI: OS PRISIONEIROS

Significado: Mar Azul
População: 5.098.000
Protestante: 102.000 (2,0%)
Católicos: 15.000 (0,3%)
Atividade das Igreja nas casas: moderada
Escola Bíblicas Oficiais: nenhuma

Grupos minoritários em Qinghai
Tibetanos: .........................989.000
Hui: ...............................698.000
Tu: ................................200.000
Salar: .............................113.000

Principais pedidos de oração

1. Ore para que a glória de Deus brilhe sobre os muitos prisioneiros cristãos e outros, que vivem em condições escravocratas no sistema prisional laogai da China.
2. Ore para que os prisioneiros cristão continuem a conduzir muitos guardas e companheiros de cárcere ao Senhor.
3. Ore pelos cristãos que procuram produzir maneiras criativas de fazer discípulos em Qinghai.


A polêmica província
Qinghai é uma área esparsamente habitada que se tornou província em 1928, a princípio formada por um território que pertencera ao Tibete. A população de Qinghai é formada por: 19,4% de Tibetanos e 13.7% de Hui, e há muitos templos tibetanos budistas nas planícies de Qinghai, e muitos mosteiros também. Por ser pouco habitada e possuir muitas faixas não habitadas, Qinghai é também um lugar onde muitos prisioneiros foram exilados. Um observador calcula que 10% da população é formada por antigos prisioneiros. A população da divisão administrativa de Haixi, no distrito de Dulan, possui 18% de prisioneiros, uma porcentagem maior do que em qualquer outro distrito da China. Este distrito tornou-se um lugar de controvérsia internacional quando o Banco Mundial aprovou o financiamento de um projeto de reassentamento dos chineses Han em uma área tibetana.

Um sobrevivente do Laogai demonstra como comia quando suas mãos ficavam algemadas 24 horas por dia. O casaco que ele está usando pertenceu a seu pai, que se suicidou quando era prisioneiro em um laogai.

O "Laogai" da China
Laogai significa "reforma braçal" um eufemismo para so sistema prisional no qual os não camaradas são sistematicamente torturados e maltratados. A China tem o maior número de prisioneiros no mundo, com estatísticas que variam dos 1,5 milhões oficiala 8 milhões. Algumas das piores prisões da China são aquelas que abrigam os dissidentes religiosos em Xinjiang, no Tibete. A China declarou 18.194 execuções de 1990-1999, e, embora especialistas acreditem que este é apenas uma fração das execuções atuais, ainda assim é um número maior do que o total do resto mundo.
Nos primeiros anos da República do Povo, as prisões na China eram repletas de "contra-revolucionários", quase sempre, pessoas da classe média e alta. Como a China mudou da guerra entre classes para o desenvolvimento econômico, a população prisional passou a incluir grande número de traficantes, andarilhos, e oficiais corruptos do governo. Em ambas as eras, havia populações prisionais significativas de cristãos e reformadores políticos, que incluíam muitos cristãos católicos e protestantes. O ativista democrata Wei Jingsheng Ruowang passou 5 anos de sua sentença em Qinghai, e Wang Rouwang retrata a vida de muitos prisioneiros dos laogai em sua Hunger Trilogy.

Padre Wang passou 33 anos em um Laogai

Uma história Cristã
O Rev. Vicent Qin Guoliang, um padre católico nativo de Xangai, em seus 60 anos de vida passou 40 em prisões ou em campos de trabalho forçado em Qinghai. Ele ficou preso de 1955 a 1978 por sua recusa em romper os laços com o Vaticano. De 1978 a 1991, ele foi confinado como um "operário detento" fazendo tijolos na fábrica nº 4 em Xining. Ele foi preso em 3 de novembro de 1994 em Xining e sentenciado a dois anos de "reeducação pelo trabalho" em um campo a 19km de Xining. O padre Qin foi obrigado a carregar pedras e blocos de gelo no campo, mas depois de um mês, ele ficou seriamente doente, e de março de 1995 até sua libertação, foi permitido que fizesse trabalhos leves. Desde então, ele continua a ministrar aos católicos das igrejas não registradas.

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